segunda-feira, 27 de abril de 2015

Terra sofre ameaça potencial de impacto de 500 asteroides, diz agência

Cálculo é da Agência Espacial Europeia, que tem departamento para o tema.
Cientistas afirmam que, em caso de perigo real, há dois tipos de soluções.


Ilustração feita pela Agência Espacial Europeia mostra asteroides passando próximo da Terra (Foto: ESA/P.Carril)
Ilustração feita pela Agência Espacial Europeia mostra asteroides passando próximo da Terra (Foto: ESA/P.Carril)

Cerca de 500 asteroides ameaçam potencialmente a Terra, um problema para o qual especialistas da Agência Espacial Europeia (ESA) encontraram soluções que parecem ter saído de um filme de ficção científica.
"Temos cerca de 500 objetos próximos à Terra identificados que poderiam, dentro de 100 anos, eventualmente tocar a terra, mas a probabilidade é muito baixa, em alguns casos de 1 em 1 milhão", disse Detlef Koschny, chefe do setor de NEO (Near-Earth Objects) na ESA.
"Seguimos seus caminhos, tentamos prever o que poderiam ser e se, eventualmente, representarão um risco", explicou Koschny a partir do centro operacional dos NEO na cidade italiana de Frascati, perto de Roma.
"Em caso de perigo real, temos duas soluções atualmente viáveis", acrescentou o especialista. "O primeiro é o acidente de movimento cósmico", disse.
"Imagine um veículo, que é o asteroide, e um outro veículo, que é a nossa ferramenta, colidindo com ele e o deslocando de sua trajetória. Por conta da pressão, é possível desviá-lo gradualmente da Terra", afirmou.
"A segunda solução é destruir o asteroide com a ajuda de uma explosão nuclear", acrescentou Koschny.
Ação à distância A questão é: como mirar um objeto espacial viajando a 3.600 km/h com um outro objeto lançado para interceptá-lo com a mesma velocidade?
"A partir de uma experiência americana chamada 'Deep Impact', sabemos que é possível alcançar todos os objetos maiores que 100 metros de diâmetro. Nos encaminhamos provavelmente aos satélites autoguiados por uma câmera, porque não teríamos tempo para dirigi-los a partir da Terra", explica o cientista.
"É mais fácil quando é Bruce Willis quem faz isso", diz, brincando, Richard Tremayne-Smith, copresidente da Conferência de Defesa Planetária (Planetary Defence Conference, PDC), realizada em Frascati. A alusão é ao filme americano "Armageddon", em que o ator destrói um asteroide que ameaça a Terra.

"A defesa planetária era um hobby há dez anos. Hoje, tornou-se uma preocupação global"
William Ailor, da Conferência
de Defesa Planetária
 
"A defesa planetária era um hobby há dez anos. Hoje, tornou-se uma preocupação global", aponta William Ailor, segundo copresidente do PDC.
Simulações
A PDC é coisa séria e envolve especialistas da Nasa, da ESA e de outras instituições, mas também há lugar para jogos de RPG.
"O jogo consiste em simular uma crise [provocada] por uma possível queda de um asteroide na Terra, com três pessoas desempenhando o papel de autoridades políticas, seus conselheiros científicos, representantes das populações ameaçadas e a imprensa", explicou Debbie Lewis, especialista em gestão de catástrofes.
"Precisamos de acordos de comando, controle, coordenação e comunicação em nível internacional", insistiu a especialista. É que os danos causados pela queda de um asteroide podem ser gigantescos em função do tamanho.
Segundo vários especialistas, 75% das diferentes formas de vida na Terra, inclusive os dinossauros, desapareceram por causa da queda de um enorme asteroide há 65 milhões de anos.
"Devemos estar preparados. O despertador já tocou, mas teimamos em desligá-lo", afirmou Lewis.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/terra-sofre-ameaca-potencial-de-impacto-de-500-asteroides-diz-esa.html

quarta-feira, 22 de abril de 2015

AVISO

Olá queridos leitores, estou aqui para pedir desculpas por não está atualizando o blog com frequência, pois ando sem tempo, trabalhando muito. Mas não vou deixar de atualiza o blog.

Dia da Terra

O Dia da Terra foi criado pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, no dia 23 de Abril de 1970.
Tendo por finalidade criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.

História

A primeira manifestação teve lugar em 22 de abril de 1970. Foi iniciada pelo senador Gaylord Nelson, ativista ambiental, para a criação de uma agenda ambiental. Para esta manifestação participaram duas mil universidades, dez mil escolas primárias e secundárias e centenas de comunidades. A pressão social teve seus sucessos e o governos dos Estados Unidos criaram a Agencia de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à proteção do meio ambiente.
  • Em 1972 se celebrou a primeira conferência internacional sobre o meio ambiente: a Conferência de Estocolmo, cujo objetivo foi sensibilizar aos líderes mundiais sobre a magnitude dos problemas ambientais e que se instituíssem as políticas necessárias para erradicá-los.
  • O Dia da Terra é uma festa que pertence ao povo e não está regulada por somente uma entidade ou organismo, tampouco está relacionado com reivindicações políticas, nacionais, religiosas ou ideológicas.
  • O Dia da Terra refere-se à tomada de consciência dos recursos naturais da Terra e seu manejo, à educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis.
  • No Dia da Terra todos estamos convidados a participar em atividades que promovam a saúde do nosso planeta. tanto a nível global como regional e local.
  • "A Terra é nossa casa e a casa de todos os seres vivos. A Terra mesma está viva. Somos partes de um universo em evolução. Somos membros de uma comunidade de vida independente com uma magnífica diversidade de formas de vida e culturas. Nos sentimos humildes ante a beleza da Terra e compartilhamos uma reverência pela vida e as fontes do nosso ser..."
Surgiu como um movimento universitário, o Dia da Terra se converteu em um importante acontecimento educativo e informativo. Os grupos ecologistas o utilizam como ocasião para avaliar os problemas do meio ambiente do planeta: a contaminação do ar, água e solos, a destruição de ecossistemas, centenas de milhares de plantas e espécies animais dizimadas, e o esgotamento de recursos não renováveis. Utiliza-se este dia também para insistir em soluções que permitam eliminar os efeitos negativos das atividades humanas. Estas soluções incluem a reciclagem de materiais manufaturados, preservação de recursos naturais como o petróleo e a energia, a proibição de utilizar produtos químicos danosos, o fim da destruição de habitats fundamentais como as florestas tropicais e a proteção de espécies ameaçadas. Por esta razão é o Dia da Terra.
Este dia não era reconhecido pela ONU até 2009, quando a mesma reconheceu a importância da data e instituiu o Dia Internacional da Mãe Terra, celebrado em 22 de abril.


 

'Supervazio' no Universo que 'suga' luz intriga astrônomos

Cientistas afirmam que região de 1,8 bilhão de anos-luz de largura poder ser 'maior estrutura individual' já identificada pela humanidade.

A área onde fica o chamado Ponto Frio fica na constelação de Eridano no hemisfério galático sul, como mostra a imagem feita pela Agência Espacial Europeia em colaboração com o telescópio Planck (Foto: ESA e Planck Collaboration)
A área onde fica o chamado Ponto Frio fica na constelação de Eridano no hemisfério galático sul, como mostra a imagem feita pela Agência Espacial Europeia em colaboração com o telescópio Planck (Foto: ESA e Planck Collaboration)

Astrônomos de uma universidade no Havaí podem ter decifrado um mistério de dez anos e encontrado a maior estrutura conhecida do Universo.
Em 2004, ao examinar um mapa da Radiação Cósmica de Fundo (CMB, na sigla em inglês), resíduo do Big Bang presente em todo o Universo, astrônomos descobriram uma área diferente, surpreendentemente ampla e fria, batizada de Ponto Frio.
A física que estuda a teoria do Big Bang para a origem do Universo prevê pontos quentes e frios de vários tamanhos em um Universo ainda jovem, mas um ponto tão grande e tão frio como o desta descoberta não era esperada pelos cientistas.
Mas uma equipe, liderada por István Szapudi, do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí, em Manoa, pode ter a explicação para a existência deste Ponto Frio que, segundo Szapudi, seria "a maior estrutura individual já identificada pela humanidade".
'Supervazio'
Usando dados do telescópio Pan-STARRS1 (PS1), em Haleakala, Maui, e também do satélite Wide Field Survey (WISE), da Nasa, a equipe de Szapudi descobriu o que chamaram de "supervazio", uma grande região de 1,8 bilhão de anos-luz de largura, na qual a densidade das galáxias é muito menor do que o normal encontrado no Universo conhecido.
Os cientistas dizem que essa região é tão grande que é difícil encaixá-la na nossa compreensão convencional sobre dimensões e espaço.
Ela é mais fria do que outras partes do universo, e apesar de não ser um vácuo ou totalmente vazia, parece ter cerca de 20% a menos de matéria do que outras regiões.
O "supervazio", localizado a 3 bilhões de anos-luz da Terra, "sugaria" energia da luz que viaja através dela, o que explica o intenso frio da região.
Segundo os cientistas, atravessá-la pode levar milhões de anos, mesmo à velocidade da luz.
O estudo foi publicado no "Notices of the Royal Astronomical Society".

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/supervazio-no-universo-que-suga-luz-intriga-astronomos.html

Nasa cria grupo para buscar vida em planetas fora do sistema solar

Grupo multidisciplinar focará em planetas com possibilidade de vida.
Exoplanetas foram descobertos em 1995 e já somam mais de 1 mil.


NExSS vai juntar habilidades de diversas áreas na busca por extraterrestres (Foto: Divulgação / Nasa)
NExSS vai juntar habilidades de diversas áreas na busca por extraterrestres (Foto: Divulgação / Nasa)

A Nasa anunciou nesta terça-feira (21) uma "iniciativa sem precedentes" para procurar vida em planetas fora do sistema solar. A coalizão de especialistas de diversas áreas se chamará NExSS (Nexus for Exoplanet System Science, em inglês).
De acordo com a Nasa, o estudo de exoplanetas (planetas que orbitam outras estrelas) é um campo relativamente novo. A primeira descoberta foi feita em 1995, mas nos últimos 6 anos mais de 1 mil exoplanetas já foram confirmados.
O novo grupo vai reunir cientistas que estudam a Terra, outros planetas, o Sol e também astrofísicos, para entender como a biologia terrestre interage com a atmosfera, a geologia, os oceanos e com o interior do planeta. A união destes saberes deve ajudar nas buscas por formas de vida em outros sistemas.
"Este projeto multidisciplinar conecta as melhores equipes de pesquisadores e promove uma atitude sintetizadora em busca de planetas com maior potencial de sinais de vida. A busca por exoplanetas não é uma prioridade apenas para astrônomos, mas é de interesse de cientistas planetários e ambientalistas também", afirmou Jim Green, diretor de ciências planetárias da Nasa.
A iniciativa será liderada pela Nasa e contará com membros de 10 universidades e 2 institutos de pesquisa nos Estados Unidos.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/nasa-cria-grupo-para-buscar-vida-em-planetas-fora-do-sistema-solar.html

Misteriosos pontos de luz reaparecem no planeta anão Ceres

Fenômeno voltou a ser registrado por sonda da Nasa, que agora fará observação minuciosa para entender ciência por trás destes locais na superfície do pequeno mundo.

 Nova sequência de imagens mostrou pontos de luz na superfície de Ceres  (Foto: BBC)
Nova sequência de imagens mostrou pontos de luz na superfície de Ceres (Foto: BBC)

Os misteriosos pontos brilhantes no planeta anão Ceres estão de volta.
A sonda Dawn, da Nasa, chegou a este pequeno mundo em 6 de março e, agora, está se instalando em sua primeira órbita, a cerca de 13,5 mil quilômetros de sua superfície.
A aproximação da sonda foi feita pela parte de trás de Ceres, por seu lado "noturno", o que ocultou os pontos luminosos de seu sistema de câmeras e de instrumentos de detecção remota.
Mas, a cada dia que passa, uma porção cada vez maior do solo iluminado pelo Sol pode ser vista por Dawn, o que inclui um de seus aspectos mais enigmáticos.
Uma nova sequência de imagens foi feita há uma semana, quando a sonda ainda estava a 22 mil quilômetros da superfície.
E ela mostra claramente um ponto mais brilhante em meio à paisagem escura.
Hipóteses

 Cientistas não sabem explicar ao certo o que produz estes pontos brilhantes  (Foto: Reuters)
Cientistas não sabem explicar ao certo o que produz estes pontos brilhantes (Foto: Reuters)

A equipe científica da missão da agência espacial americana se refere a ele como região cinco ou ponto cinco.
Não se sabe ao certo por que estes pontos refletem a luz solar desta maneira, em comparação com seu entorno.
Acredita-se que pode ser por causa da presença de gelo, mas o gelo não seria estável em planeta sem atmosfera.
Outra hipótese é que seja sal, talvez deixado para trás depois que o gelo na superfície se evaporou.
Natureza distinta
 
 Sonda Dawn chegou ao planeta Ceres no início de março passado  (Foto: Nasa)
Sonda Dawn chegou ao planeta Ceres no início de março passado (Foto: Nasa)
 
O mais intrigante é que nem todos os pontos brilhantes de Ceres são da mesma natureza. Outro ponto, conhecido como região um, é muito mais frio que o terreno que o rodeia, algo que não ocorre com o região cinco.
Chris Russell, pesquisador da missão, disse à BBC que o segredo pode estar na composição da superfície.
"Um material diferente neste ponto conduz calor de forma diferente em comparação com a outra área", afirmou.
A sonda fará uma intensa observação a partir desta semana. Os resultados estarão disponíveis a partir de maio.
Só então os cientistas poderão dizer com mais precisão o que de fato ocorre em Ceres e com seus pontos luminosos.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/misteriosos-pontos-de-luz-reaparecem-no-planeta-anao-ceres.html

Sonda da Nasa se prepara para mergulho da morte em Mercúrio

Sonda deve atingir o planeta a mais de 234,6 km/h em 30 de abril.
Ela orbitou o planeta por quatro anos e fez descobertas importantes.


 Concepção artística mostra sonda MESSENGER, da Nasa, orbitando Mercúrio  (Foto: Nasa/JHU APL/Carnegie Institution of Washington)
Concepção artística mostra sonda MESSENGER, da Nasa, orbitando Mercúrio (Foto: Nasa/JHU APL/Carnegie Institution of Washington)

Uma sonda da Nasa que circulou Mercúrio durante os últimos quatro anos vai dar um mergulho para a morte na superfície do planeta no final de abril, quando ficará sem combustível.
A sonda MESSENGER (sigla em inglês para Superfície, Espaço, Ambiente, Geoquímica e Alinhamento de Mercúrio) vai terminar sua corrida, como planejado, por volta de 30 de abril, disse a agência espacial norte-americana.
Sua missão foi inicialmente apenas para durar um ano, mas como estava operando bem e retornando dados interessantes e descobertas, os cientistas prolongaram sua vida o máximo que podiam.
A principal descoberta da MESSENGER ocorreu em 2012: uma espessa camada de gelo nas regiões polares de Mercúrio, fornecendo "apoio convincente para a hipótese de que o planeta abriga abundante água congelada e outros materiais voláteis em suas crateras polares permanentemente sombreadas", segundo a Nasa.
"Pela primeira vez os cientistas começaram a ver claramente um capítulo na história de como os planetas internos, incluindo a Terra, adquiriram água e alguns dos blocos químicos de construção da vida", explicou a agência em comunicado.
Os cientistas acreditam que o planeta mais próximo do Sol provavelmente obtiveve sua água quando cometas e asteroides voláteis ricos fizeram impacto, em algum momento da História.
Lançada em 2004
A MESSENGER foi lançada em 2004 e viajou por mais de seis anos antes de finalmente começar a orbitar Mercúrio em 18 de março de 2011.
Uma vez que a sonda não tripulada é colocada para fora do propulsor, ela não será mais capaz de lutar contra o impulso para baixo da gravidade do Sol e vai cair, atingindo o planeta a mais de 234,6 km/h no lado do planeta que não dá para a Terra.
Não são esperadas imagens do impacto.
"Pela primeira vez na história temos um conhecimento real sobre o planeta Mercúrio, que nos mostra um mundo fascinante como parte de nosso sistema solar diversificado", disse John Grunsfeld, administrador associado da diretoria de Missões Científicas da Nasa.
Os cientistas vão continuar a analisar os dados obtidos a partir da MESSENGER durante os próximos anos, disse ele.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/sonda-da-nasa-se-prepara-para-mergulho-da-morte-em-mercurio.html

Cientistas apresentam 'nova teoria' sobre a formação da Terra

Estudo diz que não foi só um tipo de meteorito que colidiu com planeta.
Novo contexto explicaria abundante presença de elementos raros.


Terra é retratada em imagem com 121 megapixels, a maior já feita em um só clique (Foto: Roscosmos)
Terra é retratada em imagem com 121 megapixels, a maior já feita em um só clique (Foto: Roscosmos)


Um "corpo similar" ao do planeta Mercúrio pode ser um dos "ingredientes-chave" para que o núcleo da Terra incorporasse em suas origens a fonte de energia responsável da criação de seu campo magnético, segundo revelou nesta quarta-feira a revista "Nature".
Esse é o cenário descrito pelos cientistas Anke Wohlers e Bernard Wood, da universidade britânica de Oxford, em um estudo que apresenta uma "nova teoria" sobre a formação do nosso planeta.
O novo contexto também pode servir para explicar, segundo os autores no texto, o motivo "da abundante presença de certos elementos raros" encontrados no manto da Terra não coincindir com as teorias vigentes até agora sobre a formação do planeta.
Relação de metais raros
Em 2012, uma equipe de cientistas do Centro Nacional francês de Pesquisas Científicas (CNRS) informou que tinha descoberto que a formação da Terra, ao contrário do que era pensado até então, não ocorreu pela colisão de um só tipo de meteorito.
Três anos depois, Wohlers e Woods afirmam que a crosta e o manto terrestre apresentam uma "relação de metais raros", como samário e neodímio, mais alta que a da maioria dos meteoritos, a partir dos quais se supõe que "cresceu a Terra".
Em experimentos nos quais foram replicadas as condições da formação da Terra, os dois especialistas observaram que a adição de meteoritos não metálicos (rochosos) e ricos em sulfeto, como os presentes em Mercurio, podem ter provocado essa anomalia.
Esses meteoritos não metálicos, conhecidos também como condritos de enstatita, podem ter contribuído para a formação de um núcleo terrestre rico em sulfeto capaz de abrigar urânio e tório o suficiente, com os quais se alimenta o "geodínamo", responsável pela existência do campo magnético terrestre.
Estudos anteriores tentaram explicar a alta relação de samário e neodímio considerando a possibilidade de que exista um "depósito oculto" com uma "relação complementar baixa" desses elementos no manto terrestre ou que esse material tenha sido despejado da Terra por colisões.
Os autores lembram que outros modelos baseados em uma Terra "menos oxidada" e "baixa em sulfeto" apresentaram cenários nos quais elementos geradores de calor foram incapazes de dissolver um núcleo terrestre rico em ferro.
As descobertas de Wohlers e Woods parecem resolver o "problema da desconhecida fonte de energia do dínamo", segundo destaca em outro artigo publicado nesta quarta-feira pela "Nature" o cientista Richard Carlson.
Em seu texto, intitulado "Uma nova teoria sobre a formação da Terra", Carlson indica que seus experimentos exploram as consequências derivadas da teoria que sugere que "blocos de construção" que criaram a Terra mudaram "sistematicamente" sua composição durante o processo de formação.
"Seus resultado nos levam à intrigante conclusão que se a formação da Terra começou com blocos de construção muito reduzidos quimicamente, o núcleo metálico do planeta poderia conter urânio suficiente para alimentar a convecção que criou, e manteve, o campo magnético da Terra durante mais de três bilhões de anos".

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/cientistas-apresentam-nova-teoria-sobre-formacao-da-terra.html

Nasa publica a primeira imagem em cores de Plutão

Foto foi feita pela sonda New Horizons a 115 milhões de km de distância.
Equipamento da Nasa deve chegar ao planeta anão em julho deste ano.


Fotografia revela que Caronte, a lua de Plutão, é mais escura que o planeta (Foto: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Southwest Research Institute/Reuters)
Fotografia revela que Caronte, a lua de Plutão (à esquerda), é mais escura que o planeta (Foto: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Southwest Research Institute/Reuters)

A agência espacial americana (Nasa) publicou nesta terça-feira (14) a primeira imagem em cores de Plutão e sua lua maior, Caronte, obtida pela sonda New Horizons, que deve chegar ao planeta anão no próximo mês de julho.
A imagem, feita em 9 de abril a uma distância de 115 milhões de quilômetros, oferece uma "promissora visão deste sistema", disse o diretor de Ciência Planetária da Nasa, Jim Green.
A fotografia revela que Caronte é mais escura que Plutão, um contraste que hipoteticamente se deve à composição diferente do satélite natural ou pode ter sido causado por uma atmosfera prévia e não visível de Caronte, explicou Green.
As perguntas que esta primeira imagem deixou no ar devem começar a ser resolvidas em poucos meses, quando a sonda New Horizons chegar a Plutão. O equipamento de 480 quilos foi lançado de Cabo Canaveral, na Flórida, em 19 de janeiro de 2006, a bordo do foguete Atlas V, e deverá chegar às proximidades do planeta anão, o mais afastado do Sol, em 14 de julho.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/nasa-publica-a-primeira-imagem-em-cores-de-plutao.html

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Estacionado em cometa, robô Philae continua em sono profundo

Equipamento foi lançado pela sonda Rosetta em novembro de 2014.
Robô precisa de luz solar para recarregar bateria e enviar dados à Terra.


GIF Pouso Cometa Rosetta (Foto: Editoria de Arte/G1)

O robô espacial Philae, estacionado na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko desde novembro do ano passado, ainda está dormindo apesar de recentes tentativas de contatá-lo, de acordo com líderes da missão europeia Rosetta.
Do tamanho de uma máquina de lavar roupas, o equipamento está inativo desde seu histórico pouso em 12 de novembro do ano passado.
Antes de ficar sem energia, Philae transmitiu imagens e dados da superfície do corpo celeste de cerca de 4 quilômetros de diâmetro. Da Terra, a mais de 450 milhões de quilômetros de distância, os cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) tentam há mais de um mês "ouvir" um possível sinal de vida do robô pela sonda Rosetta.
A sonda tentou contato novamente no domingo (12), na esperança de pegar algum sinal, segundo Stephan Ulamec, um dos responsáveis pelo robô, em uma coletiva de imprensa após a reunião da União Europeia de Geociências, em Viena. "Por enquanto, Philae ainda está dormindo", disse ele.
À medida que o cometa se aproxima do Sol, os cientistas esperam que o robô aproveite a maior exposição à luz solar para recarregar as baterias.
Philae precisa de uma temperatura interna acima de 45°C abaixo de zero e pelo menos 5 watts para ligar automaticamente. E embora seja capaz de gerar pelo menos 19 watts com seus painéis solares, não conseguirá enviar sinais para a Terra através da sonda.
"Há uma possibilidade de reativação (computadores Philae), provavelmente entre abril e maio", confirmou Ulamec.
A sonda europeia Rosetta está agora a uma centena de quilômetros do cometa. A janela de oportunidade é estreita, já que a partir de 13 de agosto o corpo celeste atingirá o ponto mais próximo do Sol em sua órbita elíptica antes de ir embora. Depois disso, as chances de um despertar de Philae são "provavelmente inexistentes", disse Ulamec.

Imagem mais azulada do cometa 67P mostra possível concentração de gelo (Foto: ESA/Rosetta/MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA)
Imagem mais azulada do cometa 67P mostra possível concentração de gelo (Foto: ESA/Rosetta/MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/estacionado-em-cometa-robo-philae-continua-em-sono-profundo.html

70% da estrutura astronômica global ficará no Chile em 2020, diz governo

Bachelet fez declaração ao colocar pedra fundamental de novo telescópio.
Equipamento LSST será instalado na região de Cerro Pachón.


Ilustração mostra como ficará o telescópio LSST, que será construído em montanha do Chile (Foto: Reprodução/LSST)
Ilustração mostra como ficará o telescópio LSST, que será construído em montanha do Chile (Foto: Reprodução/LSST)

A presidente chilena, Michelle Bachelet, disse nesta terça-feira (14) que em 2020 seu país terá 70% da infraestrutura astronômica mundial, após a cerimônia de colocação da pedra fundamental do telescópio Large Synoptic Survey Telescope (LSST), na comunidade de Vicuña, no norte de Chile.
Bachelet afirmou que o projeto é muito esperado pela comunidade científica internacional e nacional, porque permitirá um avanço gigantesco às pesquisas em astronomia.
"Para dimensionar a magnitude da mudança, basta saber que durante seu primeiro mês de operação, a capacidade do LSST superará o que podem observar, de forma combinada, todos os telescópios anteriores", assegurou a presidente.
O novo telescópio LSST, que será instalado na região da montanha Cerro Pachón, na comuna de Vicuña, 532 quilômetros ao norte de Santiago, será integrado à rede da Associação de Universidades para Pesquisa em Astronomia (AURA), que iniciou suas atividades no Chile em 1961, instalando o Observatório de Cerro Tololo, o primeiro grande observatório internacional do país.
Salto tecnológico O novo telescópio terá 8 metros de diâmetro, câmera digital capaz de captar imagens de 3 trilhões de pixels, capacidade para explorar semanalmente o céu, identificar supernovas e asteroides próximos à Terra e mapear o cosmos em 3D.
"O salto tecnológico será revolucionário. A informação captada por este telescópio abrirá, sem dúvida, novos campos de pesquisa, novas perguntas que serão respondidas pelos cientistas de todo o mundo durante anos", acrescentou a presidente chilena.
Além disso, Bachelet destacou o trabalho da AURA, que com o tempo, disse, foi se somando a outros projetos, cada vez mais modernos, o que deu ao Chile sua posição de liderança.
"Estima-se que em 2020 nosso país concentrará 70% da infraestrutura astronômica mundial e terá os telescópios mais poderosos instalados, com um investimento próximo aos US$ 6 bihões", assegurou Bachelet.
A presidente ressaltou a importância do desenvolvimento das ciências e tecnologias para contribuir com a comunidade científica e o crescimento de seu país, de 17 milhões de habitantes.
"Depende de nós que sejamos capazes de tirar todo o proveito possível de um projeto da riqueza do LSST, e que o ponhamos a serviço de um desenvolvimento entendido em um sentido amplo: harmonioso, que respeite o meio ambiente e que seja construído a partir do conhecimento e da abertura", especificou Bachelet.
Telescópio de 3,6 metros do ESO em La Silla, um dos usados nas observações (Foto: ESO/S. Brunier)
Telescópio de 3,6 metros do ESO em La Silla, um dos instalados no Chile e usados nas observações (Foto: ESO/S. Brunier)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/70-da-estrutura-astronomica-global-ficara-no-chile-em-2020-diz-governo.html

Supertempestade em Saturno inicia com interação do vapor na atmosfera

Fenômenos se estendem por milhares de quilômetros antes de finalizarem.
Espetáculo climático dura meses e é conhecido como 'tempestade branca'.


Imagem de Saturno feita pela sonda Cassini (Foto: NASA/JPL/SSI/Bill Dunford)
Imagem de Saturno feita pela sonda Cassini (Foto: NASA/JPL/SSI/Bill Dunford)

Uma vez a cada 20 ou 30 anos, uma supertempestade maior que a Terra atinge Saturno e seus anéis, oferecendo um espetáculo climático que dura meses, conhecido como as "tempestades brancas".
Esses fenômenos podem se estender por milhares de quilômetros antes de se dissiparem, algo que já havia sido documentado - mas cuja causa era desconhecida.
De acordo com um estudo publicado na revista científica britânica "Nature Geoscience", a tempestade ocorre devido à forma como o vapor de água interage na atmosfera do planeta gigante. Os autores do estudo, Cheng Li e Andrew Ingersoll, cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia argumentam que as gotas de vapor evitam que gases menos densos emerjam, esfriem e condensem, e que essa reação provoca trovoadas.
Registros feitos da Terra, com a ajuda de um telescópio, foram gravados seis vezes desde 1876, mas até agora ninguém havia explicado o motivo da frequência das tempestades.
De acordo com o trabalho de Li e Ingersoll, a frequência é devido à diferença de densidade entre as camadas superiores da atmosfera e as inferiores, uma vez que na maioria das vezes na parte de cima os elementos são menos densos do que abaixo.
Da mesma maneira que o óleo flutua sobre a água, a camada superior de Saturno permanece sobre a camada inferior, impedindo a passagem da água, para arrefecer e condensar, que é o processo normal pelo qual se formam as tempestades.
No entanto, como a camada superior é arrefecida e o calor se difunde para o espaço, esta massa torna-se mais densa e começa a cair. De acordo com o estudo, esse processo leva um par de décadas já que a atmosfera de Saturno é "muito grossa".

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/supertempestade-em-saturno-inicia-com-interacao-do-vapor-na-atmosfera.html

Nasa encontra evidências de água líquida em Marte

O rover Curiosity descobriu sinais da existência de 'salmouras' na superfície do planeta, formadas quando os sais no solo, chamados de percloratos, absorvem vapor de água da atmosfera.

Nasa encontra evidências de podem existir 'salmouras' na superfície de Marte (Foto: Nasa)
Nasa encontra evidências de podem existir 'salmouras' na superfície de Marte (Foto: Nasa)

O rover Curiosity, da Nasa, encontrou evidências de que pode existir água em sua forma líquida próximo à superfície de Marte.
O "Planeta Vermelho", por sua distância do Sol, seria muito gelado para conseguir manter água na forma líquida na superfície, mas sais no solo podem diminuir seu ponto de congelamento, permitindo a formação de camadas de água bem salgada – como uma salmoura.
Os resultados dão credibilidade a uma teoria de que as marcas escuras vistas nas imagens como paredes cheias de cratera poderiam ser formadas por água corrente. Essas descobertas recentes da Nasa foram divulgadas na publicação científica Nature. Cientistas acreditam que finas camadas de água se formam quando os sais no solo, chamados de percloratos, absorvem vapor de água da atmosfera.
A temperatura dessas camadas líquidas seria de -70°C – muito frio para abrigar qualquer tipo de vida microbiana da maneira que conhecemos. Formadas nos 15cm mais superficiais do solo marciano, essas salmouras também estariam expostas a altos níveis de radiação cósmica – outra coisa que poderia ser considerada um obstáculo para a existência de vida.
Mas ainda é possível que organismos existam em algum lugar sob a superfície de Marte, onde as condições são mais favoráveis.
Ciclo de evaporação
Os pesquisadores reuniram diferentes linhas de evidências a partir do conjunto de informações trazidas pelo rover Curiosity.
O Sistema de Monitoramento do Ambiente do Rover (REMS, na sigla em inglês) – basicamente, a estação meteorológica do veículo – mediu a umidade relativa e a temperatura do local de pouso do rover na cratera de Gale.
Cientistas foram capazes também de estimar o teor de água do subsolo usando dados de um instrumento chamado Dynamic Albedo of Neutrons (DAN). Esses dados reforçavam a evidência de que a água do solo estava ligada a percloratos. Finalmente, o instrumento de Análise de Amostras de Marte deu aos pesquisadores o conteúdo de vapor de água na atmosfera.
Os resultados mostram que as condições estavam adequadas para as salmouras se formarem em noites de inverno no equador de Marte, onde o Curiosity aterrissou. Mas o líquido evapora durante o dia de Marte, quando a temperatura aumenta.
Javier Martin-Torres, um co-investigador na Missão do Curiosity e cientista-chefe no REMS disse à BBC que a descoberta ainda é indireta, porém é convincente. "O que nós vemos são condições para a formação de salmouras na superfície. É parecido com quando as pessoas estavam descobrindo os primeiros exoplanetas", afirmou.
"Eles não podiam ver os planetas, mas eram capazes de ver os efeitos gravitacionais na estrela. Esses sais de perclorato têm uma propriedade chamada liquidificação. Eles pegam o vapor de água da atmosfera e absorvem para produzir as salmouras."
Ele acrescentou: "Podemos ver um ciclo de água diário, o que é muito importante. Esse ciclo é mantido pela salmoura. Na Terra, temos uma troca entre a atmosfera e o solo pela chuva. Mas nós não temos isso em Marte."
Embora se possa pensar que a água líquida se forma a temperaturas mais altas, a formação da salmoura é o resultado de uma interação entre a temperatura e pressão atmosférica. Acontece que o ponto ideal para a formação destas películas líquidas é a temperaturas mais baixas.
O fato de cientistas verem provas da existência dessas salmouras no equador de Marte – onde as condições são menos favoráveis – significa que elas podem aparecer ainda mais em latitudes maiores, em áreas onde a umidade é mais alta e as temperaturas mais baixas.
Nessas regiões, as salmouras podem até existir pelo ano todo.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/nasa-encontra-evidencias-de-agua-liquida-em-marte.html

Ceres, o planeta-anão, permanece um mistério para a ciência

Mini-planeta de 970 km de diâmetro é maior objeto no cinturão de asteroides.
Sonda Dawn, da Nasa, orbita planeta desde março deste ano.


 Ceres é o menor planeta anão do Sistema Solar (Foto: Nasa/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)
Ceres é o menor planeta anão do Sistema Solar (Foto: Nasa/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)

Considerado no passado como um planeta, depois um asteroide e agora um planeta-anão com algumas características de lua, os cientistas ainda estão intrigados por Ceres - este corpo celeste que só agora começa a ser mais bem conhecido.
Novas observações dessa misteriosa bola de rocha e gelo - de 950 km de diâmetro, orbitando ao redor do Sol entre Marte e Júpiter - acrescentaram mais ingredientes ao enigma, informaram os pesquisadores nesta segunda-feira.
A sonda Dawn (Aurora), uma missão de US$ 473 milhões da agência espacial americana (Nasa) que desde 6 março orbita ao redor de Ceres, obteve informações adicionais sobre dois intrigantes pontos brilhantes na superfície do protoplaneta. Eles já especificaram que um é muito diferente do outro.
Enquanto o ponto 1 é muito mais frio do seu entorno imediato, o ponto 5 não é, informou a equipe de cientistas da Dawn presente em Viena, no marco da Assembleia Geral da União Europeia de Geociências, organização que reúne estudantes de ciências da Terra e do espaço.
"O que podemos dizer é que um dos pontos brilhantes parece comportar-se de maneira muito diferente. Isso é tudo o que podemos dizer agora", afirmou Federico Tosi, que estuda o Ceres a partir de dados enviados pela sonda.
Os pontos 1 e 5 fazem parte das dezenas de pontos brilhantes vistos em fotografias tiradas pela Dawn em que eles aparecem como luzes sobre uma superfície cinzenta.
Descoberto em 1801 pelo astrônomo siciliano Giuseppe Piazzi, Ceres se move no cinturão de asteroides a cerca de 9,9 bilhões de quilômetros do Sol, cumprindo uma órbita completa a cada 4,61 anos terrestres.
A equipe da sonda Dawn foi capaz de reunir imagens de Ceres tiradas com diferentes comprimentos de onda de luz, explicou Tosi à imprensa.
Uma das imagens que corresponde ao que o olho humano vê mostra Ceres como uma esfera "marrom escura" com dois pontos claramente visíveis.
No entanto, nas imagens térmicas, o ponto 1 é visto como uma mancha escura em uma esfera vermelha, indicando que "é mais frio do que o resto da superfície observada na mesma hora do dia de Ceres, sob as mesmas condições de iluminação Solar", disse Tosi.
A "grande surpresa", acrescentou ele, é que o ponto 5 desaparece na imagem térmica.
"O que é certo é que existem pontos brilhantes na superfície de Ceres, que pelo menos do ponto de vista térmico parecem se comportar de maneira diferente", acrescentou.
Teorias que explicam o que são esses pontos variam de seria gelo até "minerais hidratados", ou seja, a água que não está na forma de gelo puro, mas absorvida por minerais.
Menos crateras do que se esperava
Imagem da Nasa mostra superfície do planeta Ceres em março deste ano (Foto: Nasa/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)
Imagem da Nasa mostra superfície do planeta Ceres em março deste ano (Foto: Nasa/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)

A presença de gelo seria difícil de explicar porque Ceres está em uma área não muito longe o suficiente do Sol para permitir a formação de "gelo estável" na superfície, explicou Tosi, membro do Instituto Nacional de Astrofísica, em Roma.
Outro aspecto intrigante são as diferenças entre Ceres e seu vizinho Vesta, um asteroide estudado pela Dawn em 2011 e 2012. Vesta é brilhante e reflete grande parte da luz solar, enquanto Ceres é escuro.
A equipe também observou menos crateras na superfície de Ceres, diferentemente do que já havia sido encontrado em Vesta.
"Quando comparamos o tamanho das crateras de Ceres com as de Vesta, foi um número bem menor do que estávamos antecipando", contou Christopher Russell, principal cientista da missão Dawn.
Outras marcas presentes na superfície, no entanto, sugerem que Ceres "teve uma história violenta em matéria de colisão", segundo Martin Hoffman, do Instituto Max Planck para a Investigação do Sistema Solar.
As coisas vão ficar mais claras nos próximos meses na medida em que a sonda Dawn - que durante semanas permaneceu lado escuro da Ceres - for se aproximando da superfície para observar sua composição e temperatura.
Os pesquisadores esperam que a missão, em seguida, forneça informações valiosas sobre a formação do nosso Sistema Solar, da qual Ceres parece ser, aparentemente, uma relíquia.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/ceres-o-planeta-anao-permanece-um-misterio-para-a-ciencia.html

Nasa prevê descoberta de vida alienígena até 2025

Cientista-chefe da agência espacial americana diz que haverá registros de seres de outros planetas na próxima década.

Existe vida fora da Terra? Aparentemente sim, e poderíamos descobrir sua existência na próxima década. Segundo a cientista-chefe da Nasa, Ellen Stofan, teremos registros de alienígenas que vivem em outros planetas até 2025.
Stofan acredita que serão encontrados sinais de vida fora da Terra em até 10 anos, e provas definitivas disso em até 20 anos. "Nós sabemos onde procurar. Então sabemos como procurar", disse, em um debate transmitido na Nasa TV sobre a possibilidade de encontrar outros "mundos habitáveis".
"Na maiorida dos casos, nós temos a tecnologia e estamos no processo de implementá-la. Então acreditamos que estamos definitivamente no caminho certo para isso."
O que e onde?
As primeiras descobertas de vida fora da Terra provavelmente estão mais perto do que imaginamos, mas não serão homenzinhos verdes em naves espaciais e, sim, alguma espécie de plâncton ou de alga.
Existe muita água no Sistema Solar. É quase certo que existam oceanos de água salgada sob as conchas geladas das luas de Júpiter, Europa e Ganymede, assim como na lua de Saturno, Enceladus.
A água é mantida líquida pela gravidade intensa dos planetas gigantes onde as luas orbitam, que os deforma e contribui para o aquecimento de seus núcleos.
Acredita-se que Enceladus tenha atividade vulcânica nas profundezas de seu oceano, o que manteria a água aquecida a uma temperatura de 93º.
Acredita-se que todas as três luas têm mais água em seus oceanos do que todos os oceanos da Terra juntos. Ainda não é possível saber se há vida lá, mas são ótimos lugares para começar a procurar.
E também há Marte, é claro. É quase certo que o planeta vermelho teve oceanos algum dia, e há evidências fotográficas sugerindo que ainda existe muita água escondida sob a superfície. Às vezes ela borbulha e forma rios temporários.
O rover Curiosity da Nasa – veículo destinado a explorar a superfície de Marte – recentemente descobriu "moléculas orgânicas que contêm carbono". Isso significaria "blocos de vida em construção". É deles que nós somos feitos.
No entanto, água e moléculas não significam vida.
Confiança na descoberta O próximo rover que será lançado com direção à Marte em 2020 irá buscar sinais de que pode ter existido vida no planeta.
A Nasa também tem como objetivo enviar astronautas para Marte em 2030, um passo que cientistas como Ellen Stofan acreditam que será "chave" para procurar sinais de vida, porque mesmo com câmeras ultratecnológicas, encontrar fósseis usando o veículo é muito difícil – às vezes é preciso procurar embaixo da pedra, não nela em si.
"Sou uma geóloga. Eu saio a campo e abro rochas para procurar por fósseis", disse Stofan no painel.
"Isso é difícil de encontrar. Então eu acredito fortemente que será necessário, em algum momento, colocar humanos na superfície de Marte – geólogos, astrobiólogos, químicos – para buscar provas da existência de vida que eles possam trazer de volta para a Terra para cientistas analisarem."
A Nasa também está planejando uma missão para a Europa, uma das luas de Júpiter, que deverá ser lançada em 2022.
O principal objetivo dessas missões,que custarão cerca de US$ 2,1 bilhões (R$ 6,4 bilhões), é estudar se a lua congelada tem potencial habitável e, ao fazer isso, procurar também sinais de vida nas nuvens de vapor de água que aparentemente irrompem do polo sul da Europa.
E a vida em torno de outras estrelas? O telescópio espacial James Webb, que será lançado em 2018 e custará US$ 8,8 bilhões (R$ 26,8 bilhões), é tão poderoso que pode analisar gases na atmosfera de planetas em volta de outras estrelas, buscando sinais de vida.
Missões a Marte pretendem explorar melhor a superfície do planeta em busca de resposta sobre a possibilidade de vida no planeta

Cientistas acreditam que luas de Júpiter e de Saturno podem ter ambientes propícios para a formação de vida; ilustração mostra quatro maiores luas de Júpiter (Foto: Nasa/Divulgação)
Cientistas acreditam que luas de Júpiter e de Saturno podem ter ambientes propícios para a formação de vida; ilustração mostra quatro maiores luas de Júpiter (Foto: Nasa/Divulgação)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/nasa-preve-descoberta-de-vida-alienigena-ate-2025.html

Cientistas encontram glaciares sob superfície de Marte

Suspeita-se que glaciares estejam intactos por grossa capa de poeira.
Pesquisa aponta que volume de água congelada é de 150 bilhões de m³.


Marte tem milhares de glaciares enterrados sob sua superfície, água congelada suficiente para cobrir o planeta com uma capa de gelo de 1,1 metro, disseram cientistas nesta quarta-feira (8).
Os glaciares estão em duas faixas nas latitudes centrais dos hemiférios norte e sul.
A informação de radar, recolhida pelos satélites que orbitam o planeta, combinada com modelos de computadores de fluxos de gelo, mostra que Marte tem 150 bilhões de metros cúbicos de água congelada, segundo um estudo publicado na edição desta semana da revista Geophysical Research Letter.
"O gelo nas latitudes médias é, portanto, uma parte importante das reservas de água de Marte", disse a pesquisadora do Instituto Neils Bohr, Nanna Bjornholt Karlsson, da Universidade de Copenhague, em comunicado.
Os cientistas têm tentado descobrir como Marte se transformou de um planeta úmido e supostamente semelhante à Terra nos seus primeiros estágios num deserto frio e seco atualmente.
Bilhões de anos atrás, Marte, que não tem um campo magnético protetor global, perdeu grande parte de sua atmosfera. Há várias iniciativas para determinar a quantidade de água do planeta que desapareceu e quanto continua na forma de gelo nas reservas subterrâneas.
Cientistas suspeitam que os glaciares permaneceram intactos porque estão protegidos sob uma grossa capa de poeira.
Além da evidência de leitos de rios, córregos e minerais, os cientistas que estudavam reveladoras moléculas na atmosfera de Marte no mês passado concluíram que o planeta provavelmente teve um oceano de mais de 1,5 quilômetro de profundidade que cobria quase a metade do seu hemisfério norte.
Marte perdeu 87% dessa água, disseram os cientistas. Atualmente, a maior reserva conhecida de água do planeta está nas suas capas polares.
Imagem feita pelo equipamento indiano mostra o planeta Marte (Foto: Divulgação/Twitter/@MarsOrbiter)
Imagem feita por equipamento indiano mostra o
planeta Marte (Foto: Divulgação/Twitter/@MarsOrbiter)
 

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/cientistas-encontram-glaciares-sob-superficie-de-marte.html

Astrônomos aprofundam compreensão sobre origem da Lua

Objeto que colidiu com Terra tinha composição parecida com nosso planeta.
Estudo publicado na 'Nature' promoveu simulação de colisões.


Concepção artística representa colisão entre dois corpos planetares de composição similar, levando à formação da Lua  (Foto: Hagai Perets/Divulgação)
Concepção artística representa colisão entre dois corpos planetares de composição similar, levando à formação da Lua (Foto: Hagai Perets/Divulgação)

O planeta que colidiu com a Terra, levando à formação da Lua, pode ter tido uma composição similar à do nosso planeta, segundo um artigo publicado nesta quarta-feira (8) pela revista "Nature", o que poderia ajudar a entender a origem do satélite natural.
Acredita-se que a Lua teve origem a partir da colisão um objeto gigante, quase do tamanho de Marte, com a Terra, ainda em desenvolvimento. A hipótese é que o material que formou a Lua veio do impacto em si, que levou a expulsão de uma gigantesca nuvem de rochas e outros destroços.
No entanto, o fato de as amostras do solo lunar recolhidas pela missão Apolo demonstarem muitas semelhanças em relação ao solo terrestre intrigava os cientistas. Isso porque outros corpos do Sistema Solar têm composições muito diferentes entre si.
Para tentar desvendar esse mistério, um grupo de astrônomos, dirigidos por Alessandra Mastrobuno-Battisti do Instituto de Tecnologia de Israel, simularam colisões entre planetas e compararam a composição de cada planeta que sobreviveu ao impacto com a do corpo que se chocou contra ele.
O resultado dessas simulações foi que de 20% a 40% dos corpos que impactaram tinham uma composição similar aos planetas com os quais colidiram, enquanto os planetas que se formaram como resultado desses choques tendiam a ter composições diferentes.
O artigo assinala que combinando os resultados das simulações se pode deduzir que o corpo celeste que colidiu com a Terra devia ter uma composição similar à de nosso planeta.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/astronomos-aprofundam-compreensao-sobre-origem-da-lua.html