segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Asteroide passará perto da Terra nesta segunda, mas sem causar danos

Asteroide é relativamente grande: tem 500 metros de diâmetro.
Será possível vê-lo entre 23h e 4h com binóculo ou telescópio.


Animação mostra a órbita do asteróide 2004 BL86 em reçlação à órbita da Terra, representada em azul  (Foto: NASA/JPL-Caltech)
Animação mostra a órbita do asteróide 2004 BL86 em reçlação à órbita da Terra, representada em azul (Foto: NASA/JPL-Caltech)

Um asteroide com cerca 500 metros de diâmetro vai passar relativamente perto da Terra na noite desta segunda-feira (26), mas será inofensivo, segundo a Nasa.
O asteroide vai passar a cerca de 1,2 milhão de quilômetros da Terra, cerca de três vezes mais distante do que a Lua.
Astrônomos profissionais e amadores estão se preparando para assistir à passagem, que será mais visível entre 23h desta segunda e 4h da madrugada de terça (horário de Brasília) nas Américas, Europa e África.
Será preciso ter um pequeno telescópio ou binóculo para ver o asteroide, conhecido como 2004 BL86.
"Embora não represente uma ameaça à Terra num futuro próximo, é uma abordagem relativamente perto de um asteroide relativamente grande, o que nos proporciona uma oportunidade única para observar e aprender mais", disse em comunicado o astrônomo Don Yeomans, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena.
O asteroide, que orbita o Sol a cada 1,84 ano, foi descoberto há 11 anos pelo telescópio Linear (Lincoln Near-Earth Asteroid Research), localizado no Estado do Novo México.
Mapeamento da superfície
Os cientistas planejam mapear a superfície dele com radar durante o sobrevoo, na esperança de aprender mais sobre o seu tamanho, a forma, a taxa de rotação e outras características.
"No momento, não sabemos quase nada sobre esse asteroide, portanto, é provável que haja surpresas”, declarou ao SpaceWeather.com o astrônomo Lance Benner, do Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa, em Pasadena, na Califórnia.
De acordo com a Nasa, o 2004 BL86 será o maior asteroide a passar tão perto da Terra até a chegada do 1999 AN10 em 2027.
A Nasa atualmente rastreia mais de 11 mil asteroides em órbitas que passam relativamente perto da Terra. A agência espacial norte-americana diz ter localizado mais de 95% dos maiores asteroides, aqueles com diâmetro de 900 metros ou mais, com órbitas que os levam relativamente perto da Terra.
Um objeto desse tamanho atingiu o planeta há cerca de 65 milhões de anos no que hoje é a península de Yucatán, no México, provocando uma mudança climática global que se acredita tenha sido responsável pela extinção dos dinossauros e muitas outras formas de vida na Terra.
Dois anos atrás, um meteoro relativamente pequeno explodiu na atmosfera sobre a cidade de Chelyabinsk, na Rússia, deixando mais de 1.500 pessoas feridas por estilhaços de vidro e destroços voando. Nesse mesmo dia, um outro asteroide não relacionado com ele passou a apenas 28 mil quilômetros da Terra, mais perto do que as redes de satélites de comunicação que cercam o planeta.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/asteroide-passara-perto-da-terra-nesta-segunda-mas-sem-causar-danos.html

Depois de 9 anos de voo, sonda da Nasa está prestes a chegar a Plutão

New Horizons vai começar a fotografar planeta anão neste domingo.
Nave foi lançada em janeiro de 2006 e, em julho, deve sobrevoar Plutão.


Concepção artísitca da espaçonave New Horizons, atualmente em rota rumo a Plutão, é mostrada nesta imagem divulgada pela Nasa (Foto: Reuters/Science@NASA)
Concepção artísitca da espaçonave New Horizons, atualmente em rota rumo a Plutão, é mostrada nesta imagem divulgada pela Nasa (Foto: Reuters/Science@NASA)

A nave New Horizons, da Nasa, já viajou 4,8 bilhões de km e está quase no fim de sua jornada de 9 anos até Plutão. Neste domingo (25), ela começa a fotografar esse mundo misterioso, inexplorado e gelado atualmente classificado como planeta anão.
As primeiras fotos não devem revelar nada além de pontos brilhatntes - a nave ainda está a mais de 160 milhões de km de Plutão. Ma as imagens ajudarão os cientistas a calcular a distância remanescente e manter o robô no caminho certo para um sobrevoo em julho.
É a primeira viagem da humanidade até Plutão e os cientistas estão ansiosos para começar a explorar. "New Horizons tem sido uma missão de gratificação adiada em muitos aspectos, e está finalmente acontecendo agora", disse o cientista Hal Weaver, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, que participa do projeto.
"Vai ser uma corrida pelos próximos sete meses, basicamente, até a linha de chegada", disse nesta sexta-feira (23). "Mal podemos esperar o momento de transofrmar Plutão em um mundo real, em vez de uma pequena mancha pixelizada."

 Combinação de imagens feita pelo Telescópio Espacial Hubble em 2002 e 2003 mostra Plutão em diferentes ângulos; nave New Horizons começará a fazer imagens do planeta anão neste domingo (Foto: AP Photo/NASA, ESA, M. Buie)
Combinação de imagens feita pelo Telescópio Espacial Hubble em 2002 e 2003 mostra Plutão em diferentes ângulos; nave New Horizons começará a fazer imagens do planeta anão neste domingo (Foto: AP Photo/NASA, ESA, M. Buie)

Lançada do Cabo Canaveral em janeiro de 2006 em uma missão de US$ 700 milhões, a New Horizons "acordou" de um período de hibernação no começo do mês passado. Controladores de voo passaram as últimas semanas preparando a nave para a etapa final e mais importante de sua jornada.
"Algumas pessoas estão trabalhando neste projeto por mais de um quarto de suas carreiras para fazer essa missão acontecer", disse o gerente de projeto Glen Fontain, do Laboratório de Física Aplicada.
A câmera de longo alcance da espaçonave fará centenas de fotos de Plutão nos próximos meses. Ela já tirou algumas fotos no ano passado, antes de entrar em hibernação, mas as novas devem ser consideravelmente mais brilhanes. Os cientistas esperam divulgá-las publicamente no início de fevereiro.
A verdadeira conquista será quando a New Horizons sobrevoar Plutão em 14 de julho a uma distância de cerca de 12 mil km e a uma velocidade de quase 50 mil km/h.
Os cientistas não têm ideia de como é a aparência de Plutão. Trata-se do maior objeto no Cinturão de Kuiper. Juntas, as órbitas de Plutão e de sua mega-lua Charon, que tem quase a metade do tamanho do planeta anão, caberiam dentro do território dos Estados Unidos.
Até o momento, cinco luas já foram encontradas em torno de Plutão. Mas outras podem estar esperando para ser descobertas pela New Horizons.
Plutão ainda era oficialmente um planeta do Sistema Solar quando a nave decolou. Era o último planeta que ainda não tinha sido explorado no nosso sistema. Mas, sete meses depois, a União Astronômica Internacional "rebaixou" Plutão à categoria de planeta anão. Depois veio o termo "plutoide".
Alguns cientistas estão esperando que as observações de Plutão possam levar a entidade a reverter sua decisão. A natureza da ciência, afinal de contas, é fluida, como a própria união astronômica defende.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/depois-de-9-anos-de-voo-sonda-da-nasa-esta-prestes-chegar-plutao.html

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Via Láctea 'pode ser buraco de minhoca para viagens no tempo'

Teoria proposta por equipe internacional de pesquisadores afirma que galáxia pode ser um túnel parecido ao retratado no filme 'Interestelar'.

Nossa galáxia pode ser, em teoria, um grande túnel semelhante a um buraco de minhoca (ou túnel de viagens no espaço e no tempo), possivelmente "estável e navegável" e, portanto, "um sistema de transporte galático". É o que sugere um artigo publicado no periódico Annals of Physics.
O estudo - que, ressaltam os cientistas, ainda é uma hipótese - é resultado de uma colaboração entre pesquisadores italianos, americanos e indianos.
Para chegar a essas conclusões, os estudiosos combinaram equações da teoria da relatividade geral, desenvolvida por Albert Einstein, com um mapa detalhado da distribuição de matéria escura (que representa a maior parte da matéria existente no Universo) na Via Láctea.
"Se unirmos o mapa da matéria escura na Via Láctea com o modelo mais recente do Big Bang para explicar o Universo e teorizarmos a existência de túneis de espaço-tempo, o que obtemos é (a teoria) de que nossa galáxia pode realmente conter um desses túneis e ele pode ser do mesmo tamanho da própria galáxia", disse Paolo Salucci, um dos autores do estudo e astrofísico da Escola Internacional de Estudos Avançados de Trieste (Sissa, na sigla em italiano).
"Poderíamos até viajar por esse túnel, já que, com base em cálculos, ele seria navegável. Assim como o visto recentemente no filme Interestelar."
Ainda que túneis desse tipo tenham ganhado popularidade recentemente com o filme de ficção científica, eles já chamam a atenção de astrofísicos há muito tempo, explica comunicado do Sissa.
Salucci afirmou não ser possível dizer com absoluta certeza que a Via Láctea é igual a um buraco de minhoca, "mas simplesmente que, segundo modelos teóricos, essa hipótese é possível".
O cientista explicou que, em teoria, seria possível comprovar essa hipótese fazendo uma comparação entre duas galáxias - aquela à qual pertencemos e outra parecida. "Mas ainda estamos muito longe de qualquer possibilidade real de fazer tal comparação."
Matéria escura
Estudos prévios já haviam demonstrado a possível existência desses buracos de minhoca em outras regiões galáticas. Segundo o estudo do Sissa, os resultados obtidos agora "são um importante complemento aos resultados prévios, confirmando a possível existência dos buracos de minhoca na maioria das galáxias espirais".
O estudo também reflete sobre a matéria escura, um dos grandes mistérios da astrofísica moderna. Essa matéria não pode ser vista diretamente com telescópios; tampouco emite ou absorve luz ou radiação eletromagnética em níveis significativos. Mas a misteriosa substância compõe 85% do universo.
Salucci lembra que há tempos os cientistas tentam explicar a matéria escura por meio de hipóteses sobre a existência de uma partícula específica, o neutralino - o qual, porém, nunca foi identificado pelo CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, que pesquisa o Bóson de Higgs, a chamada "partícula de Deus") ou observado no Universo. Mas há teorias alternativas que não se baseiam nessa partícula.
"Talvez a matéria escura seja uma 'outra dimensão', talvez um grande sistema de transporte galático. Em todo o caso, realmente precisamos começar a nos perguntar o que ela é."

 Cientista diz que, em teoria, túnel galático seria 'navegável'  (Foto: Paolo Salucci)
Cientista diz que, em teoria, túnel galático seria 'navegável' (Foto: Paolo Salucci)
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/via-lactea-pode-ser-buraco-de-minhoca-para-viagens-no-tempo.html

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Telescópio Hubble faz a maior e mais nítida foto da Galáxia de Andrômeda

Imagem retrata uma extensão de 40 mil anos-luz da galáxia espiral.
Foto de 1,5 bilhão de pixels mostra mais de 100 milhões de estrelas.


Imagem é a maior já feita da Galáxia de Andrômeda (Foto: NASA, ESA, J. Dalcanton (University of Washington, USA), B. F. Williams (University of Washington, USA), L. C. Johnson (University of Washington, USA), the PHAT team, and R. Gendler)
Imagem é a maior e mais nítida já feita da Galáxia de Andrômeda (Foto: NASA, ESA, J. Dalcanton (University of Washington, USA), B. F. Williams (University of Washington, USA), L. C. Johnson (University of Washington, USA), the PHAT team, and R. Gendler)

O Telescópio Espacial Hubble fez a maior imagem já conhecida da Galáxia de Andrômeda. A foto tem 1,5 bilhão de pixels e mostra mais de 100 milhões de estrelas e milhares de conglomerados de estrelas. Explore os detalhes da imagem com uma ferramenta de zoom.
Para se ter ideia da grandeza da imagem, ela retrata uma extensão de 40 mil anos-luz (cada ano-luz equivale a cerca de 10 trilhões de km), cerca de um terço de toda a Galáxia de Andrômeda. Esta é a galáxia espiral mais próxima da Via Láctea e fica a uma disância aproximada de 2,54 milhões de anos-luz da Terra.
Imagem mostra Galáxia de Andrômeda (centro) e a região ao seu redor (Foto: ESA/Divulgação)
Imagem mostra Galáxia de Andrômeda (centro) e a
região ao seu redor (Foto: ESA/Divulgação)
De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), que administra o Hubble em conjunto com a Nasa, seriam necessárias 600 televisões HD para mostrar a imagem total. Para obter a imagem completa, o telescópio fez 411 fotos que foram agregadas em um tipo de mosaico.
Para os pesquisadores, a imagem de alta precisão pode dar origem a novos estudos sobre esse tipo de galáxia. "A clareza dessas observações ajudará os astrônomos a interpretar a luz das muitas galáxias que têm uma estrutura similar, mas ficam a distâncias muito maiores", afirmou a ESA, em texto divulgado este mês.

Imagem mostra Galáxia de Andrômeda, com destaque para a região retratada em alta resolução pelo Hubble (Foto: NASA, ESA, J. Dalcanton (University of Washington, USA), B. F. Williams (University of Washington, USA), L. C. Johnson (University of Washington, USA), the PHAT team, and R. Gendler)
Imagem mostra Galáxia de Andrômeda, com destaque para a região retratada em alta resolução pelo Hubble (Foto: NASA, ESA, J. Dalcanton (University of Washington, USA), B. F. Williams (University of Washington, USA), L. C. Johnson (University of Washington, USA), the PHAT team, and R. Gendler)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/telescopio-hubble-faz-maior-e-mais-nitida-foto-da-galaxia-de-andromeda.html

ESA acredita em 'possível despertar' do módulo Philae entre maio e junho

Baterias do módulo só vão se carregar se temperatura superar zero grau.
A princípio, expectativa é que ele despertasse em março.


Imagem divulgada pela Agência Espacial Europeia mostra o robô Philae na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Montada a partir de duas das seis fotos feitas pelo instrumento Çiva, a imagem mostra o módulo Philae na superfície do cometa (Foto: Reuters/ESA/Rosetta/Philae/ÇIVA)
Imagem divulgada pela Agência Espacial Europeia mostra o robô Philae na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Montada a partir de duas das seis fotos feitas pelo instrumento Çiva, a imagem mostra o módulo Philae na superfície do cometa (Foto: Reuters/ESA/Rosetta/Philae/ÇIVA)

A Agência Espacial Europeia (ESA) acredita em um "possível despertar" entre maio e junho do módulo Philae, o primeiro dispositivo comandado pelo ser humano que conseguiu aterrissar sobre um cometa, após se separar da sonda mãe Rosetta.
"Esperamos que desperte, mas ninguém pode garantir", declarou em entrevista coletiva no centro de operações de Darmstadt, na Alemanha, o diretor de Navegação Espacial Tripulada e Missões da ESA, Thomas Reiter.
O importante é que a temperatura de Philae supere zero grau quando o cometa em que se encontra se aproximar do Sol, o que permitirá que as baterias do módulo comecem a recarregar com energia solar.
Philae pousou sobre o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko em 12 de novembro de 2014 após três aterrissagens e dois rebotes, o que fez com que não caísse no ponto programado e que ficasse em uma região escura e rochosa, sem a luz necessária para carregar as baterias e trabalhar de forma autônoma.
No dia 15 de novembro, 57 horas após a histórica aterrissagem, entrou em hibernação, mas antes foi capaz de enviar à Terra informações de seus primeiros experimentos.
Segundo Reiter, a sonda mãe Rossetta está a 29 quilômetros do cometa e espera-se que em fevereiro possa se aproximar a seis quilômetros da superfície do cometa para enviar imagens.
Os cientistas da ESA estudam a informação recebida de Rosetta e Philae, uma missão que deveria ser concluir no final de 2015, mas que Reiter acredita em que demore um ano mais. Segundo ele, tudo dependerá dos resultados dos trabalhos científicos e que se consiga uma ampliação do orçamento.
A sonda Rosetta e seu módulo Philae foram reconhecidos pelas revistas científicas "Science" e "Nature" como um dos dez descobrimentos do ano 2014.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/esa-acredita-em-possivel-despertar-do-modulo-philae-entre-maio-e-junho.html

Sistema Solar pode ter dois planetas a mais além da órbita de Plutão

Estudo chegou a conclusão ao observar órbita de objetos transnetunianos.
Ainda não há evidências diretas de que planetas existam de fato.


  Pelo menos dois planetas desconhecidos podem existir em nosso sistema solar além de Plutão (Foto: Nasa/JPL-Caltech)
Pelo menos dois planetas desconhecidos podem existir em nosso sistema solar além de Plutão (Foto: Nasa/JPL-Caltech)

É possível que o Sistema Solar tenha, pelo menos, mais dois planetas esperando para ser descobertos, além da órbita de Plutão, anunciaram astrônomos britânicos e espanhóis nesta segunda-feira (19).
A lista oficial de planetas do nosso sistema solar inclui oito corpos solares, entre os quais o gigante gasoso Netuno é o mais afastado.
Para além da órbita de Netuno, Plutão foi relegado ao status de "planeta anão" pela União Astronômica Internacional em 2006, embora seja considerado por alguns o planeta mais distante do sol.
Em um estudo publicado na última edição do periódico mensal "Monthly Notices", da Sociedade Astronômica Real, cientistas propõem que há "pelo menos" dois planetas além de Plutão.
Objetos transnetunianos
Seus cálculos se baseiam no comportamento orbital incomum de rochas espaciais muito distantes, denominados objetos transnetunianos, ou Etnos, na sigla em inglês.
Em teoria, os Etnos deveriam estar dispersos em uma faixa de cerca de 150 Unidades Astronômicas (UA) do Sol. Uma UA corresponde ao espaço entre a Terra e o Sol: quase 150 milhões de quilômetros. Os Etnos também deveriam estar, mais ou menos, no mesmo plano orbital que os planetas do Sistema Solar.
Mas observações de cerca de uma dúzia de Etnos sugeriram uma imagem bem diferente, segundo o estudo. Se a pesquisa estiver correta, os cientistas deduzem que os Etnos se dispersaram muito mais amplamente, entre 150 e 525 UA, com uma inclinação orbital de cerca de 20 graus.
Para explicar esta anormalidade, o estudo sugere que alguns objetos muito grandes, como planetas, devem estar nos arredores e sua força gravitacional está influenciando os Etnos, muito menores, ao redor.
'Forças invisíveis'
"Este excesso de objetos com inesperados parâmetros orbitais nos leva a crer que algumas forças invisíveis estão alterando a distribuição" de Etnos, disse Carlos de la Fuente Marcos, da Universidade Complutense de Madri.
"O número exato é incerto, uma vez que os dados que temos são limitados, mas nossos cálculos sugerem que há pelo menos dois planetas e, provavelmente, mais, nos confins do nosso Sistema Solar", noticiou a agência de notícias científicas espanhola Sinc, citando o cientista.
"Se isto se confirmar, nossos resultados podem ser realmente revolucionários para a astronomia", concluiu. Até agora, não há evidências diretas que sustentem esta teoria.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/sistema-solar-pode-ter-dois-planetas-mais-alem-da-orbita-de-plutao.html

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Encontrada em Marte nave espacial britânica perdida desde 2003

Satélite da Nasa que orbita Marte avistou Beagle 2, diz agência britânica.
Sonda estava parcialmente acionada na superfície do planeta vermelho.


  Imagem da superfície de Marte feita pelo satélite Mars Reconnaissance Orbiter mostra um objeto brilhante reconhecido como a sonda britânica Beagle 2, sumida em 2003; imagem foi feita pela câmera HiRISE, do módulo (Foto: NASA/JPL-Caltech/Univ. of Arizona/University of Leicester)
Imagem da superfície de Marte feita pelo satélite Mars Reconnaissance Orbiter mostra um objeto brilhante reconhecido como a sonda britânica Beagle 2, sumida em 2003; imagem foi feita pela câmera HiRISE, do módulo (Foto: NASA/JPL-Caltech/Univ. of Arizona/University of Leicester)

A sonda espacial britânica Beagle 2, que estava perdida desde dezembro de 2003, foi encontrada em Marte por um satélite da Nasa que orbita o planeta vermelho, confirmou nesta sexta-feira (16) a Agência Espacial do Reino Unido, segundo a agência AFP.
O Beagle-2 "foi encontrado parcialmente implantado na superfície do planeta, acabando com o mistério sobre o que ocorreu com a missão há mais de uma década", disse a agência em um comunicado.
"Estou muito contente que o Beagle 2 finalmente foi encontrado em Marte", disse Mark Sims, da Universidade de Leicester, no Reino Unido, em comunicado divulgado pela Nasa. Ele participou do projeto do Beagle 2 desde o início, liderando a fase inicial do estudo e atuando como gerente da missão.
'Natal arruinado'
"Todo dia de Natal desde 2003 eu tenho me perguntado o que aconteceu com o Beagle 2. Meu Natal de 2003, assim como o de muitos outros que trabalharam no Beagle 2, foi arruinado pela decepção de não receber informações da superfície de Marte", afirmou. "As imagens mostram que chegamos tão perto de atingir o objetivo de fazer ciência em Marte."
A descoberta demonstra que "a sequência de entrada, descida e aterrissagem do Beagle 2 funcionou e a sonda pousou com êxito em Marte no Natal de 2003", acrescentou a agência britânica sobre a nave batizada em homenagem ao barco "Beagle" com o qual o pai da teoria da evolução, Charles Darwin, fez suas pesquisas.
Não será possível ressucitar sonda
A nave, que tem menos de dois metros de comprimento, precisava se implantar completamente depois de aterrissar para entrar em funcionamento, já que era necessária a abertura total dos painéis solares para expor a antena RF, que iria transmitir os dados e receber os comandos a partir da Terra.
"Infelizmente, devido à implantação parcial", lamentou a agência, "não será possível ressuscitar a Beagle 2 e recuperar os dados" da sonda. A nave foi uma ambiciosa colaboração entre a indústria, as universidades britânicas e a Agência Espacial Europeia.
O diretor deste organismo europeu, Jean-Jacques Dordain, comemorou nesta sexta-feira a descoberta. "O que foi encarado há 11 anos como um fracasso por fim não foi um fracasso total. Ao menos houve uma aterrissagem em Marte", considerou Dordain.

 Foto divulgada pela Nasa mostra sonda Beagle 2, perdida em 2003 e encontrada por satélite que orbita Marte (Foto: Nasa/Divulgação)
Foto divulgada pela Nasa mostra sonda Beagle 2,
perdida em 2003 e encontrada por satélite que
orbita Marte (Foto: Nasa/Divulgação)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/encontrada-em-marte-nave-espacial-britanica-perdida-desde-2003.html

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Nasa divulga imagens da primeira erupção solar detectada em 2015

Erupção solar de intensidade moderada foi registrada na segunda-feira.
Radiação de erupções intensas podem interferir em sinais de GPS.


 Erupção solar pode ser vista do lado direito do Sol em imagem feita pela Nasa nesta segunda-feira (Foto: Nasa/SDO)
Erupção solar pode ser vista do lado direito do Sol em imagem feita pela Nasa nesta segunda-feira (Foto: Nasa/SDO)

A Nasa divulgou, nesta terça-feira (13), a imagem da primeira erupção solar detectada em 2015. O pico do fenômeno foi registrado às 14h24 (horário de Brasília) desta segunda-feira.
Erupções solares são explosões repentinas na superfície do Sol que se caracterizam pela liberação de grandes quantidades de radiação e que podem ser causadas por mudanças no campo magnético.
O fenômeno foi classificado como uma erupção de classe M5.6. Trata-se de uma explosão de nível moderado, cerca de um décimo da intensidade das erupções mais intensas já registradas.
Segundo a Nasa, radiações prejudiciais liberadas em erupções solares não podem atingir a atmosfera terrestre de modo a afetar a população. Mas, se forem muito intensas, podem atingir a camada da atmosfera por onde transitam os sinais de GPS e de outros tipos de comunicação.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/nasa-divulga-imagens-da-primeira-grande-erupcao-solar-de-2015.html

África do Sul quer enviar missão à Lua e colocar continente na história

Fundação quer mentes brilhantes da África para fomentar a ciência.
Objetivo é unir países para desenvolver projetos de várias áreas.


Estação ao lado da lua na noite desta segunda-feira (5) (Foto: Leonardo Caldas/Acervo pessoal)
Estação Espacial ao lado da Lua. Sul-africanos querem enviar primeira missão do continente para o satélite natural da Terra (Foto: Leonardo Caldas/Acervo pessoal)

Enviar a primeira missão africana à Lua para colocar o continente no mapa da pesquisa científica, oferecer a seus habitantes seus benefícios e promover entre seus jovens a matemática, a física e a ciência espacial é o objetivo da Fundação para o Desenvolvimento do Espaço (FSD, na sigla em inglês).
Para conseguir isso, a Fundação - que tem sua sede na África do Sul - já iniciou a primeira fase do projeto: arrecadar dinheiro para que instituições especializadas de todo o continente definam, até novembro deste ano, os detalhes técnicos e os objetivos científicos do projeto.
"Ninguém espera que a África possa contribuir para a exploração científica, mas quanto mais trabalharmos neste sentido, mais gente no continente assumirá a ideia de que a África é capaz e pode sair dos problemas que temos agora", disse Jonathan Weltman, diretor da FSD.
A iniciativa, que tem o nome Africa2Moon (África para a Lua), poderia vencer o desafio de enviar uma missão à Lua em cerca de dez anos, embora os primeiros passos para isto serão dados em universidades e centros de estudo de todo o continente no mesmo momento em que o plano estiver em execução.
Em busca de mentes brilhantes
O projeto Africa2Moon quer criar, com um desafio concreto, ambicioso e atrativo, necessidades que forcem o desenvolvimento dos organismos dedicados à ciência espacial, à física e à matemática que existem no continente. Além disso, pretende oferecer aos melhores cérebros africanos uma razão para ficar ou voltar a trabalhar em casa.
"As tecnologias espaciais como a comunicação por GPS, a monitoramento do clima e da agricultura, não podem ser tratadas em escala nacional. Os benefícios de qualquer progresso serão continentais", afirmou Weltman sobre um dos argumentos para apoiar o pan-africanismo do projeto.
Weltman também aponta para o problema da chamada fuga de cérebros nos países do continente, onde muitos profissionais e cientistas emigram para Europa e Estados Unidos ou, frequentemente, para a África do Sul, um país com melhores universidades e economia desenvolvida.
Da África para o mundo
É por isso que a FSD insiste em que a Africa2Moon não deve ser um programa meramente sul-africano ou das potências espaciais continentais como Nigéria - que tem junto com a África do Sul a única agência espacial da África Subsaariana -, Egito e Tunísia.
Por isso, os promotores do projeto não propõem a criação de um centro científico localizado em um ponto concreto da geografia africana, mas o aproveitamento dos que já funcionam e o início de novas infraestruturas para responder ao desafio da missão pan-africana à Lua.
"Na África já existem as condições para construir a sonda. No continente são construídos satélites e aparelhos espaciais", disse Weltman em relação a um dos três requisitos desta missão à Lua para poder se somar aos trabalhos de potências como Rússia, China, Europa e Estados Unidos em ciência espacial.
No entanto, o continente ainda não conta com os outros dois: a capacidade de construir o míssil que lance a sonda e uma infraestrutura de onde se faça o lançamento.
Por isso, o desenvolvimento de conhecimentos e infraestrutura para construir o míssil e lançá-lo é um dos grandes desafios do Africa2Moon, que agora pede doações individuais e de entidades privadas mas que, quando a primeira fase for concluída, prevê solicitar financiamento de governos e instituições públicas.
A FSD espera encontrar na União Africana - organismo que contempla há anos o estabelecimento de uma agência espacial africana - um parceiro para uma proposta que quer pôr a África para trabalhar "ombro a ombro com os outros continentes".

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/africa-do-sul-quer-enviar-missao-lua-e-colocar-continente-na-historia.html

Hubble marca 25º aniversário com foto renovada de 'velha conhecida'

Feita em 1995, imagem de pilares da Nebulosa de Águia apareceu em livros e filmes; agora, ela foi refeita com ângulo mais aberto e o dobro da resolução.

Nova imagem dos pilares tem ângulo mais aberto e resolução duas vezes maior que a original (Foto: NASA, ESA/Hubble e Hubble Heritage Team)
Nova imagem dos pilares tem ângulo mais aberto e resolução duas vezes maior que a original (Foto: NASA, ESA/Hubble e Hubble Heritage Team)

O telescópio Hubble, que em 2015 completa 25 anos em órbita, registrou novas imagens impactantes de dois conhecidos corpos celestes. Revisitando uma de suas fotos mais antigas e mais famosas, o telescópio capturou uma nova visão da Nebulosa da Águia que mostra seus "Pilares da Criação" em mais detalhes do que nunca.
E uma montagem com 13 mil fotos da nossa vizinha galáxia de Andrômeda se tornou o maior imagem já feita pelo telescópio. Ambas as imagens foram reveladas em Seattle, em uma reunião da Sociedade Astronômica Americana.
Paul Scowen, da Arizona State University, descreveu as fotos da Nebulosa da Águia como "novas imagens de uma velha amiga".
A imagem original, feita em 1995, dos pilares de formação estelar de nuvens de poeira e gás foi uma sensação e, desde então, tem aparecido em inúmeras capas de livros, nas telas de cinema e em camisetas.
Graças a melhorias nos sistemas do Hubble, a nova representação tem um ângulo mais aberto e uma resolução duas vezes maior que a da foto original.
Ele também permite que astrônomos como Scowen vejam o que mudou em 20 anos - apesar de todas as mudanças realmente terem ocorrido há 7 mil anos, por causa da distância.

Galáxia de Andrômeda, vizinha da Via Láctea, é vista com nível inédito de detalhes (Foto: Nasa)
Galáxia de Andrômeda, vizinha da Via Láctea, é vista com nível inédito de detalhes (Foto: Nasa)

Scowen e sua equipe só tiveram algumas semanas para analisar as imagens, mas ele diz que já é possível perceber que "sim, algumas coisas mudaram" - incluindo as pontas dos jatos explodindo do lado dos pilares de cinco anos-luz de altura.
Esses jatos tornam-se "placas de sinalização, apontando para onde as estrelas foram feitas", disse. O segundo lançamento impressionante é conhecido como a Panchromatic Hubble Andromeda Treasury ou PHAT.
Ele retrata a Galáxia de Andrômeda, o grande vizinho da nossa Via Láctea, a um nível recorde de detalhe.
Julianne Dalcanton, da Universidade de Washington, explicou que Andrômeda é provavelmente maior do que a Via Láctea e ocupa mais do céu do que a Lua.
Foram 39 meses para reunir as milhares de imagens, em três diferentes comprimentos de onda de luz, que juntos mostram uma grande varredura da galáxia em forma de panqueca a cerca de dois milhões de anos-luz de distância.
É importante ressaltar que elas têm resolução nítida o suficiente para retratar individualmente muitas das 100 milhões de estrelas capturadas na imagem. "A imagem é muito boa, mas a glória dela é que podemos dar zoom," disse Dalcanton.
Assim como as estrelas individuais, a grande imagem promete um tesouro feito de nuvens de poeira, aglomerados de estrelas, regiões de formação de estrelas e muito mais - para os astrônomos buscarem insights sobre como as galáxias se formam e se transformam.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/hubble-marca-25o-aniversario-com-foto-renovada-de-velha-conhecida.html

Estudo liga atividade solar ao nascer à expectativa de vida

Quem vem ao mundo durante calmaria solar tem chance de viver mais.
Pesquisadores compararam dados demográficos de noruegueses.


Um incomum estudo publicado nesta quarta-feira (7) por pesquisadores noruegueses afirma que as pessoas nascidas em períodos de calmaria solar vivem mais que os nascidos durante atividade solar intensa.
Os indivíduos nascidos durante os períodos agitados do Sol, marcados por poderosas deflagrações e tempestades geomagnéticas, têm uma esperança de vida menor, afirma o estudo.
Os pesquisadores compararam dados demográficos de noruegueses nascidos entre 1676 e 1878 com observações astronômicas do Sol e concluíram que 'a atividade solar durante o nascimento reduz a probabilidade de sobrevivência na idade adulta' e, desta forma, a esperança média de vida.
O estudo, publicado no jornal Proceedings of the Royal Society B, afirma que 'em média, a esperança de vida de indivíduos nascidos durante os períodos de atividade solar máxima têm 5,2 anos a menos de esperança de vida em relação aos nascidos durante períodos de atividade solar mínima'.
O Sol tem ciclos que duram cerca de 11 anos entre um período de maior atividade - o 'máximo solar'- e o seguinte, mas há exceções notáveis.
Os máximos solares se caracterizam pelo incremento nas manchas solares, deflagrações e ejeções de massa capazes de afetar as comunicações de rádio e as redes de transmissão elétrica na Terra, danificar satélites e perturbar os instrumentos de navegação.
A atividade solar também está relacionada aos níveis de radiação ultravioleta, um fator com impacto comprovado nas capacidades reprodutivas e que causa danos celulares, inclusive no DNA, recorda o estudo.
Realizado pela Universidade de Ciências e Tecnologia da Noruega, o estudo é baseado em dados demográficos obtidos a partir dos registros de igrejas envolvendo 8.600 indivíduos de duas comunidades diferentes da Noruega, uma pobre e outra rica.
Além da esperança de vida, nascer durante um máximo solar também 'reduziu significativamente' a fertilidade das mulheres nascidas na comunidade pobre, mas não na comunidade rica.
'Colocamos em evidência, pela primeira vez, que não apenas a mortalidade infantil e a esperança de vida, mas também a fertilidade, estão estatisticamente associadas à atividade solar ao nascer'.

Imagem registrada no dia anterior e divulgada nesta quarta (8) mostra tempestade solar, fenômeno que poderá perturbar a atividade dos satélites, assim como das comunicações e das redes elétricas na Terra, segundo alertaram autoridades. (Foto: AP)
Atividade solar pode influenciar na expectativa de
vida. (Foto: AP)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/estudo-liga-atividade-solar-ao-nascer-expectativa-de-vida.html

Cientistas anunciam oito novos planetas em zonas habitáveis

Corpos celestes estão em áreas em que poderiam ter água líquida.
Com isso, eles podem eventualmente ter condições para abrigar vida.


Ilustração da Nasa mostra o tamanho de dois dos novos exoplanetas em comparação com a Terra (à esquerda) (Foto: Nasa)
Ilustração da Nasa mostra o tamanho de dois dos novos exoplanetas em comparação com a Terra (à esquerda) (Foto: Nasa)

Astrônomos anunciaram nesta terça-feira (6) que descobriram oito novos planetas orbitando suas estrelas a uma distância em que pode existir água líquida na superfície, o que os faz potencialmente habitáveis.
Com isso, duplicou-se o número de planetas pequenos (aé duas vezes o diâmetro da Terra) conhecidos em zonas habitáveis de suas estrelas-mãe. Entre estes oito novos, a equipe identificou dois que são o mais parecidos com a Terra que quaisquer exoplanetas (planetas fora do nosso Sistema Solar) conhecidos até então.
"A maioria desses planetas tem uma boa chance de ser rochoso, como a Terra", diz o principal autor Guillermo Torres, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian  (CfA).
Nasa busca nova função para telescópio espacial Kepler. (Foto: Nasa)
Telescópio espacial Kepler. (Foto: Nasa)

Os resultados foram anunciados em um encontro da Sociedade Astronômica Americana.
Os dois planetas mais parecidos com a Terra do grupo são o Kepler-438b e o Kepler-442b. Ambos orbitam estrelas anãs vermelhas que são menores e mais frias do que o nosso Sol Kepler-438B orbita a sua estrela a cada 35 dias, enquanto Kepler-442b completa uma órbita a cada 112 dias.
Com um diâmetro 12% maior que o da Terra, Kepler-438B tem uma chance de 70% de ser rochoso, de acordo com os cálculos da equipe. Kepler-442b é cerca de um terço maior que a Terra, mas ainda tem uma chance de 60% de ser rochoso.
"Não sabemos com certeza se qualquer um dos planetas em nossa amostra são verdadeiramente habitáveis", explica David Kipping co-autor do estudo. "Tudo o que posso dizer é que eles são candidatos promissores".
Os novos planetas foram encontrados graças ao telescópio espacial Kepler, da Nasa. Com os oito novos exoplanetas, esse equipamento chegou à extraordinária marca de mil descobertos.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/cientistas-anunciam-oito-novos-planetas-em-zonas-habitaveis.html

Astrônomos calculam idade de estrelas a partir da velocidade de rotação

Pesquisadores conseguiram reduzir margem de erro de 100% para 10%.

Astrônomos conseguiram provar que podem calcular de forma precisa a idade de uma estrela pela velocidade com que ela gira. Sabemos que as estrelas desaceleram com o tempo, mas até recentemente havia poucos dados para permitir cálculos exatos.
Pela primeira vez, uma equipe de pesquisadores americanos mediu a velocidade de rotação de estrelas que têm mais de um bilhão de anos - e os resultados correspondem ao que eles haviam previsto.
A descoberta resolve um desafio de longa data, permitindo que astrônomos estimem a idade de uma estrela com uma margem de erro de 10%. O trabalho foi apresentado em Seattle em uma reunião da Sociedade de Astronomia Americana e também foi publicado na revista "Nature".
Lacuna
Estabelecer a idade das estrelas é uma questão central na astronomia - assim como datar os fósseis é crucial para o estudo da evolução. Este método aplica-se a "estrelas frias" - sóis de tamanho semelhante ao nosso, ou menores. Elas são as estrelas mais comuns na nossa galáxia e vivem muito tempo.
"Elas agem como postes de luz, iluminando até mesmo as partes mais antigas da nossa galáxia", diz o pesquisador Soren Meibom, do Centro Smithsonian de Astrofísica de Harvard.
Estrelas frias também são o astro central para a grande maioria dos planetas semelhantes à Terra de que temos conhecimento. A maioria das propriedades de uma estrela como o nosso sol - tamanho, massa, luminosidade e temperatura - se mantêm as mesmas durante a maior parte de sua vida. Isso faz com que descobrir a idade de uma estrela seja complicado.
A solução de medir a rotação foi proposta pela primeira vez na década de 1970 e foi apelidada de "girocronologia" em 2003. "Uma estrela fria gira muito rápido quando é jovem, mas ela fica cada vez mais lenta quando envelhece", disse Meibom.
Mas é difícil ver uma estrela girando. Astrônomos usam manchas de sol, se deslocando pela superfície, já que elas só reduzem seu brilho em menos de 1%. Estrelas velhas são particularmente problemáticas porque elas têm menos manchas e estas são menores, mais difíceis de serem acompanhadas.
A equipe de Meibom usou imagens do telescópio espacial Kepler, que é muito sensível e tem acompanhado o movimento da Terra ao redor do Sol desde 2009.
Eles conseguiram medir as velocidades de rotação de 30 estrelas de um grupo específico de 2,5 bilhões de anos. Este grupo, conhecido como NGC 6819, preenche o que Meibom chama de uma "lacuna de quatro bilhões de anos" em nosso conhecimento da rotação estelar.
Método
Antes da missão Kepler, só tínhamos dados de estrelas muito frias em grupos muito jovens, todos com menos de 0,6 bilhão de anos e girando bastante rapidamente (cerca de uma vez por semana).
Em 2011, a equipe de Meibom usou imagens do Kepler para estudar um grupo de estrelas diferente, o NGC 6811, de um bilhão de anos. As suas estrelas frias giram cerca de uma vez a cada 10 dias.
Mas, além dessas, a única estrela sobre a qual se sabia tanto a velocidade de rotação quanto a idade era nosso próprio sol - 4,6 bilhões de anos, com um período de rotação de 26 dias. "A construção do relógio de estrelas frias estava em compasso de espera", disse Meibom.
Agora, o relógio parece estar funcionando. As estrelas parecidas com o Sol no grupo recém-estudado se encaixam perfeitamente e satisfatoriamente nesta lacuna, girando aproximadamente a cada 18 dias. "Estes novos dados mostram, com observações reais, que temos dados concretos," disse Meibom à BBC News.
"Podemos obter a idade das estrelas com uma margem de erro de apenas 10% com este método."
Ele acrescentou que esta é uma grande melhoria em alguns outros métodos para adivinhar a idade das estrelas, onde a margem de erro pode chegar a 100%. Ruth Angus, uma doutoranda que pesquisa girocronologia na Universidade de Oxford, disse que os resultados foram "realmente significativos" para a área.
"Lentamente, foram descobertas mais evidências de que muitas estrelas parecem seguir esse padrão, mas ainda não se sabe com segurança com funciona esta relação" disse à BBC. "Este grupo de estrelas irá certamente ajudar com a nossa compreensão de como a girocronologia é boa e válida como método. Isso mostra que essas estrelas estão fazendo o que é esperado que façam."

Pesquisadores conseguiram definir idade de estrelas com margem de erro de 10% (Foto: Thinkstock/BBC)
Pesquisadores conseguiram definir idade de estrelas com margem de erro de 10% (Foto: Thinkstock/BBC)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/astronomos-calculam-idade-de-estrelas-a-partir-da-velocidade-de-rotacao.html

Sobre cometa, robô Philae deve despertar novamente em março

Módulo espacial foi lançado pela Sonda Rosetta em novembro passado.
Cometa deve chegar mais perto do Sol e recarregar baterias da Philae.


Atualmente em repouso sobre a superfície do cometa Churyumov-Guerasimenko, o robô espacial Philae deve despertar em março próximo, anunciou o presidente da Agência Especial francesa, Jean-Yves Le Gall. A saga do Philae continua em 2015, afirmou Le Gall, em conversa com a imprensa.
"Esperamos que, a partir do mês de março, a iluminação do robô no cometa Churyumov-Guerasimenko lhe permita recarregar as baterias e retomar seu trabalho científico", completou.
"Esperamos poder viver ao vivo a passagem do cometa por periélio [a posição mais perto do Sol] em 13 de agosto, durante meses que serão provavelmente intensos. Estou convencido de que vamos observar coisas que não esperávamos, especialmente, quando o cometa passar perto do Sol", disse Le Gall.
Há mais de dez anos passageiro da sonda espacial europeia Rosetta, o robô espacial Philae pousou sobre cometa em 12 de novembro passado.
Desde 6 de agosto e após mais de uma década de viagem interplanetária de 6,5 bilhões de quilômetros, a sonda não tripulada se desloca junto com cometa, a poucas dezenas de quilômetros, acompanhando-o em seu deslocamento à medida que se aproxima do Sol.
A sonda Rosetta recebeu informações enviadas pelo Philae, direto do cometa, e transmitiu-as à Terra, através de ondas de rádio que levam quase meia hora para atingir a velocidade da luz. As baterias do Philae acabaram, devido à baixa exposição de seus painéis à luz solar.

Imagem divulgada pela Agência Espacial Europeia mostra o robô Philae na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Montada a partir de duas das seis fotos feitas pelo instrumento Çiva, a imagem mostra o módulo Philae na superfície do cometa (Foto: Reuters/ESA/Rosetta/Philae/ÇIVA)
Imagem divulgada pela Agência Espacial Europeia mostra o robô Philae na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Montada a partir de duas das seis fotos feitas pelo instrumento Çiva, a imagem mostra o módulo Philae na superfície do cometa (Foto: Reuters/ESA/Rosetta/Philae/ÇIVA)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/sobre-cometa-robo-philae-deve-despertar-novamente-em-marco.html

Sol começa o ano com enorme 'buraco' perto do polo sul do astro

Buraco coronal é caracterizado por região mais escura.
Foto foi tirada por instrumento da Nasa em 1º de janeiro.


O Sol começou 2015 com um enorme buraco coronal - região mais escura e de baixa densidade - perto do polo sul do astro. O fenômeno foi captado em 1º de janeiro por um instrumento  do Observatório de Dinâmica Solar da Nasa, agência espacial americana.
Segundo a Nasa, os buracos coronais são regiões da camada mais externa do sol, chamada corona, onde o campo magnético se estende para o espaço em vez de se conter na superfície do astro. As partículas que se deslocam ao longo desses campos magnéticos podem, então, deixar o Sol em vez de ficarem presas em sua superfície.
Enquanto as partículas que continuam presas na superfície brilham, as regiões em que as partículas escaparam para o espaço ficam bem mais escuras, com a aparência de um buraco.

Buraco coronal é visto no polo sul do Sol no dia 1º de janeiro  (Foto: NASA/SDO/Divulgação)
Buraco coronal é visto no polo sul do Sol no dia 1º de janeiro (Foto: NASA/SDO/Divulgação)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/sol-comeca-o-ano-com-enorme-buraco-perto-do-polo-sul-do-astro.html

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Feliz Ano Novo

Quero desejar a todo meus queridos leitores um feliz ano novo, que esse ano de 2015 seja cheio de paz,amor e muita saudade a todos!
Também queria pedir desculpa a todos por ter deixado o blog meio largado em 2014,bom esse ano  foi um ano meio complicado para min, mas fiz de tudo para que o blog seguisse, e esse ano de 2015 vou dar mais atenção a blog e a vocês caros leitores. Então desde de já peço a sugestão de vocês para que possa melhorar o blog.
Bom e é claro que esse ano a astronomia evolua mais e mais....


Abraço a todos!!!!